Heurísticas e Bons Padrões de Design para Desenvolvimento de Software
- Nascimento Networks
- 11 de nov.
- 3 min de leitura
O que são heurísticas no contexto de software?

No desenvolvimento de software, heurísticas são “regras práticas” baseadas em experiência que ajudam a tomar decisões de design eficientes, mesmo sem uma garantia formal de perfeição. Alguns pontos importantes:
Elas ajudam a reduzir a complexidade e agir rápido quando muitas variáveis estão envolvidas.
Não são soluções mágicas — requerem bom julgamento e adaptação ao contexto do projeto.
Exemplos comuns: “mantém alto coesão e baixo acoplamento”, “separe camadas de apresentação e lógica de negócio”, “evite dependências diretas de infraestrutura na camada de domínio”.
Exemplos de heurísticas úteis

Opte por arquiteturas Ports & Adapters (Hexagonal) quando quiser separar domínio da infraestrutura.

Use camadas mínimas se o domínio for simples (por exemplo: apresentação → aplicação → dados).
Abordagem top-down ou bottom-up: selecione com base no que se conhece primeiro.
Quando aplicar heurísticas
Nas fases iniciais de arquitetura ou design, para evitar decisões precipitadas que criem débito técnico.
Durante revisões de design, para checar “Será que esta solução está respeitando boas práticas de estrutura?”.
Em contextos de incerteza, em que nem tudo está bem definido e é preciso agir com base em experiência.
O que são bons padrões de design

Os padrões de design (design patterns) são soluções recorrentes para problemas comuns de arquitetura ou estrutura em software. Eles formalizam boas práticas que já foram testadas em vários cenários. Alguns conceitos-chave:
Refletem experiência acumulada de muitos desenvolvedores em diversos contextos.
Ajudam a tornar o sistema mais compreensível, porque quem lê o código reconhece o padrão usado.
São divididos em categorias, por exemplo: creacionais, estruturais e comportamentais.
Exemplos de padrões populares
Singleton: garantir que uma classe tenha apenas uma instância global.
Factory Method / Abstract Factory: centralizar a criação de objetos para apoiar extensibilidade.
Observer: permitir que objetos “ouçam” mudanças em outros objetos.
Strategy: encapsular algoritmos intercambiáveis.
Adapter / Facade: adaptar ou simplificar interfaces para reduzir acoplamento.
Por que empregá-los
Melhoram a manutenibilidade do código.
Promovem a reutilização de estruturas bem testadas.
Ajudam equipes a comunicar decisões de design (“estamos usando Strategy aqui”) de forma clara.
Quando ter cuidado
Não transforme todo código em complexo só para encaixar padrões: se o problema é simples, usar um padrão pesado pode atrapalhar. > “Many devs use design patterns unknowingly… still learning what patterns are out there is useful.”
Avalie sempre se o padrão se encaixa no contexto e estilo da linguagem/projeto.
Integração de heurísticas + padrões: como isso funciona na prática
1. Inicie com heurísticas para formar o esqueleto
Por exemplo, ao projetar um módulo de cadastro de usuários numa empresa de TI:
Heurística: separe domínios de infraestrutura → optar por arquitetura com domínio (usuário) e infraestrutura (persistência, rede) desacoplados.
Heurística: baixo acoplamento, alta coesão → agrupar funcionalidades relacionadas (ex.: autenticação) e evitar dependências cruzadas.
2. Identifique padrões que encaixam no contexto
Continuando o exemplo:
Padrão Repository (uma variação de Factory/Facade) para encapsular acesso a dados de usuários.
Padrão Observer/Publisher-Subscriber para notificar outras partes do sistema quando um usuário se registra (por exemplo, evento de welcome e-mail).
Padrão Strategy para escolher diferentes métodos de autenticação (senha, OAuth, certificado) conforme o caso.
3. Valide e refatore com base em boas práticas
Use heurísticas para revisar o design: “esta parte da infraestrutura está vazando para o domínio?”; “essa função está fazendo mais do que deveria?”
Quando identificar “cheiro de código” (excessiva complexidade, duplicação, dependências sólidas), revisite padrões para refatorar.
4. Exemplos visuais
Implementando na rotina da empresa
Treinamentos internos: promova sessões sobre heurísticas e padrões para que toda a equipe tenha vocabulário comum.
Checklist de design: crie um checklist com heurísticas (ex: “alta coesão?”, “baixo acoplamento?”, “domínio separado de infraestrutura?”) para ser usado em revisões de arquitetura.
Repositório de padrões corporativos: documente quando um padrão for utilizado (quando, por que, resultados) para aprendizado coletivo.
Código exemplo: mantenha exemplos de implementação de padrões no stack tecnológico da empresa (ex: Java Spring Boot, Python, etc.).
Revisões e refatorações constantes: inclua nas sprints uma fase de “revisão de arquitetura” onde heurísticas e padrões são reaplicados.
Utilizar heurísticas e bons padrões de design não é apenas “seguir moda”, mas sim adoção consciente de práticas que elevam a qualidade do software. Em ambientes de tecnologia onde mudanças são constantes e exigências de escalabilidade/bom uso de recursos são reais, essas ferramentas tornam-se essenciais.Combinando heurísticas experientes + padrões testados você capacita sua equipe a projetar sistemas robustos, compreensíveis e preparados para evolução.




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